SME 1 ano atrás

Escola Municipal João Maria Cruz integra o projeto ‘Jardins de Mel’


por Rodrigo Kwiatkowski Silva em 30 de março de 2023

Já reconhecida pelos seus projetos na área de sustentabilidade, a Escola Municipal João Maria Cruz, em Uvaranas, conta agora com o programa Jardins de Mel, com a implantação de um meliponário. Neste projeto, a escola instalou colmeias para a criação de abelhas nativas amigáveis (sem ferrão) e que só trazem benefícios para o meio ambiente – e para o conhecimento das crianças. A atividade teve seu lançamento nesta quinta (30).

A escola instalou três colmeias, duas para abelhas da espécie jataí e outra para abelhas da espécie mandaçaia. Além de serem inofensivas, elas ajudam o ser humano produzindo o mel, dispersando o pólen e favorecendo a produção de frutos por todos os lugares. “É comprovado que as abelhas possuem papel fundamental para os produtos consumidos na alimentação humana. Se elas não existirem, a produção vai ser menor. Onde tem abelhas tem um ecossistema saudável”, comenta a diretora da unidade, Eliane Gualberto Carvalho.

A prefeita Elizabeth Schmidt lembrou que a escola já é “um exemplo de sustentabilidade”. “As crianças estão aprendendo e ensinando a todos a importância de termos as abelhas, o mel, a geleia real, que serão produzidos aqui, pelas abelhas sem ferrão. Pois desejo que a vida delas seja cada vez mais doce e que os pais sejam cada vez mais orgulhosos dos profissionais que atendem seus filhos, porque este é o nosso objetivo: conhecimento, conhecimento e conhecimento, para que eles tenham um grande futuro”.

Conforme a secretária de Educação, professora Simone Pereira Neves, o envolvimento da escola na ideia encaixa-se com o currículo desenvolvido pela SME na escolas. “Trata-se de um projeto que é recepcionado pelo nosso currículo e demonstra grandes possibilidades de desenvolver o conhecimento e todas as competências que trabalhamos junto aos nossos alunos, estimulando a sociabilidade, o senso crítico e o protagonismo, entre outros”, avalia Simone.

Aprendendo e ensinando

Assim como as abelhas, foi a vez dos alunos buscarem o néctar do conhecimento e polinizar seus novos estudos. Pesquisando sobre o inseto trabalhador, as crianças já reuniram informações para cartazes, textos, ilustrações e apresentações. Caroline e sua turma, do 3o ano, fizeram um mural sobre as abelhas. “É um mural de curiosidades. Uma delas é que as abelhas mandaçaia constroem seus ninhos em um tronco, onde armazenam muitos litros de mel”, conta ela.

Vanessa Cristina Olinger, participante do conselho de pais e da Associação de Pais e Professores da escola, conta que as crianças adoraram a ideia. “Este é um projeto no qual as crianças ficaram enlouquecidas. Estamos envolvidas em vários projetos, e este também foi muito bem acolhido pelas crianças. Elas querem saber, pesquisar, interagir. Está sendo importante para escola porque sai da sala de aula e vai para a comunidade. Eles sentem-se muito importantes de poder ajudar a regar, a cultivar, eles amam”.

100% seguro

As casinhas que funcionam como colmeias foram obtidas e instaladas por um entusiasta no assunto, Edson Maciel. “A questão ambiental é o mais importante. Quando há uma pessoa ou instituição interessada em ter a colmeia, nós buscamos o apoio de parceiros, definimos o local e fazemos a instalação. Não precisa de manejo e oferecemos o suporte, caso necessário. É importante especialmente para as crianças, que vão aprender a cuidar do meio ambiente”, conta Edson.

“O que temos aqui é uma atividade estratégica, porque tanto as crianças quanto as abelhas estão cuidando do seu meio ambiente. É uma verdadeira interação entre o ser humano e o meio ambiente. Porque, se não tivermos abelhas, vai chegar uma hora em que não teremos a flor, o alimento. Então esta é a hora exata de estimular essa conscientização junto às crianças”, considera o secretário de Meio Ambiente, André Pitela.

Surgimento

Ponta Grossa já conta com uma Lei Municipal que dispõe sobre a criação das abelhas sociais nativas. A Lei 14320/2022, de autoria do vereador Isaías Salustiano, visa incentivar a atividade. No Paraná, a primeira cidade a realizar esse incentivo foi Curitiba. O governo estadual também realiza esse fomento. “Esta lei fomenta a criação das abelhas sem ferrão, promovida sob os pontos de vista ambiental e econômico, promovendo também a conscientização a partir da escola de ensino fundamental”, comenta Salustiano. “Já temos a lei sancionada e, a partir dela, podemos buscar a implementação de recursos públicos para expandir o projeto”, considera.

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